Prémio nobel da economia atribuído a Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer por estudo contra a pobreza
O prémio nobel da economia foi entregue na passada segunda-feira ao indiano Abhijit Banerjee, à francesa Esther Duflo e ao norte-americano Michael Kremer pelo estudo contra a pobreza.
Por Inês Costa
Segundo a Real Academia das Ciências sueca, os três académicos foram premiados por terem dado um importante contributo para reduzir a pobreza a nível mundial, pois “introduziram uma nova abordagem para obter respostas fiáveis sobre a melhor maneira de reduzir a pobreza no mundo”.
Esther Duflo e Abhijit Banerjee são um casal e professores no Massachusetts Institute of Technology e Michael Kremer é professor em Harvard. Esther Duflo é a segunda mulher a receber o prémio Nobel da Economia e é também a pessoa mais jovem (47 anos).
Cátia Batista, professora associada na Nova School of Business and Economics, e diretora científica do NovÁfrica explicou ao Dinheiro Vivo que “A novidade que eles trouxeram é ao nível da metodologia, considerando que as políticas de apoio ao desenvolvimento devem ser sempre testadas previamente. Ou seja, promovem a experimentação e o contacto direto com as populações e outros agentes beneficiários das políticas de apoio ao desenvolvimento e criaram uma escola que hoje afeta o pensamento dos principais doadores internacionais”.
Embora seja um prémio pago com dinheiro público, este prémio segue as regras de seleção que regem os outros prémios. O Prémio de Ciências Económicas instituído pelo Banco Central da Suécia existe desde 1969 e foi criado em memória do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) para premiar as pessoas que trabalham por um “mundo melhor”.