“Os prémios só são bons para nos lembrarem que temos que trabalhar mais”

Licenciada em Comunicação Social pela Escola Superior de Educação de Viseu, Diana Bouça-Nova, sempre sonhou em seguir a área do jornalismo. Depois de mais de dois anos a apresentar o programa da SIC Radical “Curto Circuito, Diana Bouça-Nova, afirma que voltou ao sonho inicial quando, num casting para a RTP foi convidada a seguir pelo jornalismo informativo.

Por Ângela Dinis

Durante a sua licenciatura, qual era a área jornalística (televisão, rádio, imprensa) que mais lhe captava a atenção?

Todas. Mas em particular a rádio. Adoro escrever, sempre adorei. Mas o poder e a magia da rádio são incomparáveis com qualquer outro. O peso que tem a voz e, claro, o que dizemos ou comunicamos, assume uma importância única. Adoro trabalhar em televisão, mas aqui a imagem, o que os repórteres de imagem mostram é que tem o maior impacto. O ideal é que o nosso discurso seja o mais coerente com essas imagens.

 

Em 2012 apresentou três programas escritos por si sobre o público feminino, lifestyle, moda, viagens, entre outros. Hoje ainda continua com o gosto de escrever e criar programas de raiz?

Claro que sim! Adoro. Poder criar algo de raíz e ver esse produto a ganhar forma é incrível. Muito trabalhoso, mas incrível. Na RTP já tive rubricas criadas por mim e quem sabe não surgem outras oportunidades. Assim espero.

 

Como foi apresentar o programa “Curto Circuito”?

Uma experiência ótima. Uma verdadeira escola de televisão em direto.

 

Sentiu que os anos a trabalhar em entretenimento foram uma mais valia?

Claro. Nem todo os jornalistas seriam capazes de fazer entretenimento. Tudo na vida deve ser encarado como aprendizagem e retirar sempre o melhor de cada experiência. Pelo menos eu penso assim.

 

Depois de alguns anos como cara do entretenimento na SIC, seguiu o sonho de ser jornalista, na RTP. Como surgiu esta oportunidade?

Voltei ao sonho inicial, digamos antes assim. Tinha estado na TSF em estágio. A vida seguiu para o entretenimento. A dada altura achei que não iria voltar ao jornalismo e afinal… aqui estou! 🙂

Num casting que a RTP fez para apresentadores. Concorreram 7 mil pessoas. Fui às provas, fui passando. Cheguei aos 10 finalistas e aí tivemos uma prova livre e eu fiz como se estivesse a apresentar o telejornal. Vi rapidamente no telemóvel as notícias que marcavam a atualidade daquele dia e improvisei durante 10 minutos, se bem me lembro. Não ficou nenhum dos finalistas para apresentador, mas ligaram-me a perguntar se quereria fazer um estágio profissional na informação da RTP. Seria “um passo para trás” na altura profissional em que estava, mas pensei eu, para “dar dois passos para a frente”. E foi o melhor que fiz.

 

Em 2016 recebeu o prémio de Revelação na Informação da televisão portuguesa. Foi um passo importante para o seu percurso?

E recebi outro de melhor repórter do ano, no ano seguinte. Mas os prémios só são bons para nos lembrarem que temos que trabalhar mais e mais. É uma profissão muito exigente que nos desafia constantemente. Não considero um passo importante, apenas uma lembrança de como nos devemos superar sempre.

 

O que significa ser jornalista, na sua opinião?

É o que mais gosto de fazer. Dar voz às pessoas. Informar. Comunicar com todos da forma mais simples para que chegue a todos.

 

Para terminar, que sonhos é que ainda não realizou?

Uiii tantos! Ainda me falta fazer tanta coisa nesta vida!

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