Matemática

para a Sala de Aula

PFCM - Programa de Formação Contínua  em Matemática

Conteúdos

 Os conteúdos programáticos a abordar no Programa respeitam a quatro domínios fundamentais:

a) O novo programa de Matemática para o ensino básico;

b) Os temas matemáticos;

c) A natureza das tarefas para os alunos;

d) A natureza dos recursos a utilizar, como contexto ou suporte das tarefas propostas;

e) A cultura de sala aula.

O primeiro domínio apresenta o novo programa de Matemática do Ensino Básico, nas suas diversas vertentes.

O segundo domínio segue de perto os grandes temas propostos nos dois primeiros ciclos de ensino, nos documentos A Matemática na Educação Básica e Currículo Nacional do Ensino Básico: 

·        Números e Operações

·        Álgebra

·        Organização e tratamento de dados

·        Geometria e Medida

O terceiro domínio – natureza das tarefas para os alunos – valoriza: 

·        A resolução de problemas

·        As tarefas de natureza investigativa

·        A prática compreensiva de procedimentos

·        Os jogos

·        Realização de pequenos projectos

Para além destes tipos de experiências de aprendizagem, os alunos devem ainda ter oportunidades de contactar com aspectos da história, do desenvolvimento e da utilização da Matemática através de: (i) reconhecimento da Matemática na tecnologia e nas técnicas; (ii) realização de trabalhos sobre a Matemática.

O quarto domínio – os recursos para a aula – inclui todos os materiais manipuláveis e as tecnologias que possam permitir o desenvolvimento das tarefas antes indicadas, nomeadamente:

 ·        Materiais manipuláveis

·        Calculadoras

·        Manuais Escolares

·        Software educativo/Internet

O quinto domínio – a cultura da sala de aula – é um tema que tem vindo a ganhar crescente importância no ensino e na aprendizagem da Matemática. Actualmente, reconhece-se que a aprendizagem da disciplina, tanto ao nível da aquisição de conhecimentos como do desenvolvimento de capacidades matemáticas, como ainda do cultivar de certas atitudes nos alunos, não é independente do contexto em que decorre, ou seja, este é um processo situado que depende de um conjunto largo de factores. Desde logo, os papéis desempenhados na aula pelo professor e pelos alunos têm uma influência marcante naquilo que pode ser aprendido. Estreitamente associadas com esses papéis estão as interacções que são geradas entre os diversos actores na aula e o estatuto da comunicação em todo o processo pedagógico. A comunicação pode ser, fundamentalmente, um instrumento de ensino do professor ou algo que é inseparável de toda a actividade da sala de aula e, portanto, inseparável do modo como se aprende. Neste Programa defende-se a segunda perspectiva, através de um forte envolvimento do aluno no discurso da aula, através da apresentação e discussão de ideias. A cultura de sala de aula que assim emerge implica do aluno o comprometimento na construção e validação do conhecimento matemático e do professor a assunção de um “diálogo verdadeiro”, equilibrando disponibilização de informação e regulação do discurso. Os desafios que o professor lança aos alunos – as tarefas – contribuem igualmente para a criação da cultura da sala de aula. Uma aula em que predominam tarefas rotineiras é bem diferente de uma outra em que as tarefas de natureza problemática ocupam um lugar de destaque, dado que a actividade dos alunos tenderá a ser diferente. A forma como os alunos trabalham – individualmente, grupo ou toda a turma – é um outro elemento revelador de diferentes culturas de sala de aula.